NATIVOS DIGITAIS OU IMIGRANTES DIGITAIS?

Sobre a análise de dois textos sobre os "Digital Native"

•Prensky, M. (2004) The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology and how they do it. 1-14.
•Prensky, M. (2001) Digital natives, digital immigrants. In On The Horizon (Vol9, nº 5). NCB University Press.

Os nativos digitais existem em Portugal?
Sim, mas não estado puro.
A cultura digital é tanto mais forte quanto for a integração na sociedade em rede. Podemos falar da crescente utilização da Internet e das redes electrónicas, citando 2 exemplos: os concursos profissionais e as declarações electrónicas. Estas utilizações não se enquadram no perfil do Nativo Digital, correspondendo a uma utilização instrumental destas redes.
Os nossos alunos nascem num ambiente favorável à difusão da cultura digital, mas o acesso à rede é desigual e, muitas vezes, descontínuo, gerando formas imperfeitas de Nativos Digitais: não são nativos analógicos, nem desenvolvem todas as suas capacidades de nativos digitais. Registam comportamentos massivos relativamente à partilha e interacção em linha, mas não tem, de forma permanente, oportunidade de desenvolver estas acções.
Os processos de pesquisa, análise e coordenação são limitados pelos diferentes níveis acesso às redes electrónicas, a televisão ocupa, muitas vezes, este espaço sem desenvolver as capacidades criativas das comunidades com menores níveis de acessibilidade.
A leitura, entendida como capacidade de interpretar, é importante, os estudantes/nativos digitais que desenvolveram competências leitoras dentro e fora do ambiente digital integram-se mais facilmente nesta cultura, pois a sua capacidade de criação, avaliação e coordenação de projectos pode ser potenciada.
Esta competência facilita a construção de conhecimento através da informação que é gerada à escala global.

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